quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Gestar II Matemática

Definição de Matemática

"Seria possível dizer o que é a Matemática se esta fosse uma ciência morta. Mas a Matemática é, pelo contrário, uma ciência viva, que se encontra hoje, mais do que nunca, em rápido desenvolvimento, proliferando cada vez mais em novos ramos, que mudam não só a sua fisionomia, como até a sua essência."

José Sebastião e Silva in Enciclopédia "FOCUS

O PROBLEMA DOS ABACAXIS





Dois camponeses, A e B, encarregaram um feirante de vender duas partidas de abacaxis. O camponês A entregou 30 abacaxis, que deviam ser vendidos à razão de 3 por R$ 1,00; B entregou, também, 30 abacaxis para os quais estipulou preço um pouco mais caro, isto é, à razão de 2 por R$ 1,00. Era claro que, efetuada a venda, o camponês A devia receber R$ 10,00 e o camponês B, R$ 15,00. O total da venda seria, portanto, de R$ 25,00.

Ao chegar, porém, à feira, o encarregado sentiu-se em dúvida. - Se eu começar a venda pelos abacaxis mais caros, pensou, perco a freguesia; se inicio o negócio pelos mais baratos, encontrarei, depois, dificuldade para vender os outros. O melhor que tenho a fazer é vender as duas partidas ao mesmo tempo. Chegado a essa conclusão, o atilado feirante reuniu os 60 abacaxis e começou a vendê-los aos grupos de 5 por R$ 2,00. O negócio era justificado por um raciocínio muito simples:

- Se eu devia vender 3 por R$ 1,00 e depois 2 também, por 1,00, será mais simples vender, logo, 5 por R$ 2,00.

Vendidos os 60 abacaxis, o feirante apurou R$ 24,00. Como pagar os dois camponeses se o primeiro devia receber R$ 10,00 e o segundo R$ 15,00?

Havia uma diferença de R$ 1,00 que o homenzinho não sabia como explicar, pois tinha feito o negócio com o máximo cuidado. E, intrigadíssimo com o caso, repetia dezenas de vezes o raciocínio feito sem descobrir a razão da diferença:

- Vender 3 por R$ 1,00 e, depois, vender 2 por R$ 1,00 é a mesma coisa que vender logo 5 por R$ 2,00 !

E o raio da diferença de R$ 1,00 a surgir na quantia total! E o feirante ameaçava a Matemática com pragas terríveis. Veja se você é capaz de resolver este problema.
Resposta
Essa fácil de resolver amarre os abacaxis em pacotes de cinco e logo você encotrará o real.
Bom trabalho

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Desenvolvimento do Pensamento da Linguagem

Faculdade Integrada de Patos










Especialização em psicopedagogia
Disciplina: Desenvolvimento do Pensamento da Linguagem
Professora: Raquel Calvacanti Lima
Aluna: Maria Vanderly Silvino









Santana dos Garrotes -2010





Neste trabalho serão mostradas as dificuldades de aprendizagem, seus problemas bem como os fatores do diagnostico como: orgânicos específicos emocionais e ambientais, e o papel da escola e dos pais frente aos desafios. Os problemas de aprendizagem são caracterizados pelo fracasso escolar, ou seja, uma resposta insuficiente do aluno a uma exigência ou demanda da escola.

Dificuldade de aprendizagem é o rendimento escolar abaixo do esperado para a idade, Os transtornos da aprendizagem são diagnosticados quando os resultados do indivíduo em testes padronizados e individualmente administrados de leitura, matemática ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado para sua idade, escolarização e nível de inteligência.
Os problemas de aprendizagem interferem significativamente no rendimento escolar ou nas atividades da vida diária. Variados enfoques estatísticos podem ser usados para estabelecer que uma discrepância seja significativa. Substancialmente abaixo da média em geral define uma discrepância, ocasionalmente é usada, especialmente em casos onde o desempenho de um indivíduo foi comprometido por um transtorno associado no processamento cognitivo, por um transtorno mental comórbido ou condição médica geral, ou pela bagagem étnica ou cultural do indivíduo. Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades de aprendizagem podem exceder aquelas habitualmente associadas com o déficit.

Os Transtornos da Aprendizagem podem persistir até a idade adulta.
Interferindo na maneira de pensar ou recordar, podendo afetar a habilidade da pessoa ou até causar outras deficiências, embora as deficiências não poderá ser confundida com transtornos de aprendizagem .
Um transtorno de aprendizagem é um impedimento psicológico ou neurológico paras a linguagem oral ou escrita ou para as condutas preconcetuais cognitivas ou motoras. O impedimento

Fatores fundamentais para o diagnóstico de um problema de aprendizagem

Para Paín devem-se considerar alguns fatores que em sua concepção tornam-se fundamentais para diagnóstico de um problema de aprendizagem, são estes:
1 – Fatores orgânicos: envolvem os problemas de hipoacúsia e de visão que passam, muitas vezes, despercebidos por pais e professores; podem também decorrer de desconforto orgânico devido a piolho, anemia alimentar, ou déficit alimentar (quantidade e/ou qualidade), patologia respiratória, otites de repetição, alteração de ciclo de sono, medicamentos etc., além de dificuldades de ritmo, comportamentos, equilíbrio e plasticidade que podem ocorrer quando há lesões ou desordens corticais, representados por condutas rígidas, estereotipada, dificuldades de percepção-motora ou de compreensão (perceptivo viso-motor).

2 – Fatores específicos: abrange dificuldade de ritmo, comportamentos, equilíbrio e plasticidade que podem ocorrer quando há lesões ou desordens corticais, representados por condutas rígidas, estereotipada, dificuldade de percepção motora ou de compreensão decorrente de certos tipos de transtornos na área de adequação perceptivo-motora (lateralidade), influenciando principalmente na aquisição da leitura, regras ortográficas e gramaticais além da leitura espelhada.

3- fatores psicógenos – referem-se a perturbações produzidas durante a aquisição da aprendizagem. Buscando melhor compreensão desse fator citamos Freud, para quem nesse sentido convém diferenciar duas possibilidades para o fato de não aprender:
“(...) na primeira este constitui um sintoma e, portanto, supõe a prévia repressão de um acontecimento que a operação de aprender de alguma maneira significa; na segunda, se trata de uma retração intelectual do ego (yo). (in Paín, 1992)


4 – Fatores ambientais – Referem-se ao meio ambiente material do sujeito; e às possibilidades reais que o meio lhe oferece (estímulos). Para Paín, “o fator ambiental é, especialmente determinante no diagnóstico do problema de aprendizagem, na medida em que nos permite compreender sua coincidência com a ideologia e os valores vigentes no grupo” e complementa: “O problema de aprendizagem que se apresenta em cada caso, terá um significado diferente porque é diferente a norma contra a qual atenta e a expectativa que desqualifica”. (Paín, 1992).
O fator ambiental é especialmente determinante no diagnóstico do problema de aprendizagem, na medida em que nos permite compreender sua coincidência com a ideologia e os valores vigentes no grupo. Por isso, cada caso deve ser avaliado particularmente, incluindo na avaliação o entorno familiar e escolar. Se os problemas de aprendizagem, estão presentes no ambiente escolar e ausentes nos outros lugares, o problema deve estar no ambiente de aprendizado. Às vezes, a própria escola, com todas as suas fontes de tensão e ansiedade, podem estar agravando ou causando as dificuldades na aprendizagem.
Quanto à estrutura familiar, nem todos os alunos pertencem a famílias, com recursos suficientes para uma vida digna. Normalmente, verificam-se situações diversas: os pais estão separados e o aluno vive com um deles; o aluno é órfão; o aluno vive num lar desunido; o aluno vive com algum parente; etc. Muitas vezes, essas situações trazem obstáculos à aprendizagem, não oferecem à criança um mínimo de recursos materiais, de carinho, compreensão, amor.

A escola e a crianças com dificuldades de aprendizagem
As crianças com dificuldades de aprendizagem não são crianças incapazes, apenas apresentam alguma dificuldade para aprender. São crianças que tem um nível de inteligência bom, não apresentam problemas de visão ou audição, são emocionalmente bem organizadas e fracassam na escola.

O número crianças com dificuldades de aprendizagem é cada vez maior. Nélida Gárcia Márquez propõe linhas básicas a respeito de como de como deveria ser o ambiente escolar para vivenciar seu processo de aprendizagem.
Maturidade afetiva com os alunos conhecendo a fundo suas possibilidades;
Conhecimento dos fatores individuais e ambientais presentes e passados que tenha favorecido ou perturbado;
Planejamento das experiências;
Relações freqüentes e cooperação com os pais;
Análise quantitativa e qualitativa;
Brincadeiras;
Alternância das atividades;
Entre outras.

As escolas precisam fornecer às pessoas com dificuldades de aprendizagem uma educação apropriada, incluindo bons sistemas escolares, bons profissionais que se dediquem ao diagnóstico cuidadoso e ao atendimento remediador de qualidade.
O ambiente escolar também exerce muita influência na aprendizagem, o tipo de sala de aula, a disposição das carteiras e a posição dos alunos, por exemplo, são aspectos importantes. Uma sala mal iluminada e sem ventilação, em que os alunos permanecem sempre sentados na mesma posição, cada um olhando as costas do que está na frente, certamente é um ambiente que pode favorecer a submissão, a passividade e a dependência, e não favorece o trabalho livre e criativo.
Outro aspecto a considerar, em relação ao ambiente escolar, refere-se ao material de trabalho colocado à disposição dos alunos.

O papel dos pais
Famílias de crianças co dificuldades de aprendizagem que tem apoido seus filhos diminui a os problemas emocionais.
È mencionado a presença de um grupo familiar com limites claros para o desenvolvimento da criança.
As famílias devem ser um verdadeiro apoio emocional para as crianças com dificuldades.
Diante deste estudo, entendemos ser necessário discutir que o problema da não aprendizagem como uma questão que interessa aos envolvidos no processo educativo, pelas conseqüências e pelas dos resultados que causam às crianças, aos pais, e aos professores. E assim sendo, execido
papel dos pais e da escola é de suma importância, pois cabe a esse profissional fazer uma leitura abrangente da sua escola no contexto social, político e econômico que a envolve. É de sua responsabilidade também.
Cabe a toda comunidade escolar a tarefa de ajudar na superação da dificuldade de aprendizagem.

Projeto :Ética e Cidadania .Tema:Direitos e Deveres


Acolhida: Música Sejam bem vindos bem vindos sejam...
Criação de frases: Tenho direito a ...( cada um ia completar a frase)
Palestra sobre deveres do aluno
Menino de rua
Pepe Moreno

Alô
Alô Pepe moreno
O que que cê quer moço?
Eu quero cantar uma musica pra você
Cê tem uma musica pra mim é
Ce deixa eu cantar pra você
Deixo eu tô com o teclado ligado
Eu vou soltar a batida e você canta vai

tá legal tá legal, escuta ai beleza
Ao tempo hein, tá ouvindo ai?

tá legal
Quando eu mandar você canta cê canta tá?
Um, dois, três vai canta.

tô ligando pra você de um orelhão aqui da rua
Pra pedir para o senhor que me tire da rua
Você tem muito valor Pepe Moreno por favor
Conto com ajuda sua

Ce tá me ouvindo Pepe Moreno
Num desliga não

Não canta vai tá legal vai

Foi no centro de São Paulo
Me perdi do meu irmão
Eu só tenho 9 anos
Quero encontrar minha mãe
Perdi tudo que eu tinha
Sou catador de latinha
Ferro velho e papelão

Pepe Moreno cê tá gostando
Você vai me ajudar
Pode cantar eu tô gostando vai

Quando eu ando pelas ruas os carros me jogam lama
Bate em minha carroçinha todo mundo só reclama
Ninguém que ser meu amigo vivo correndo perigo
Sinto que ninguém me ama

Garotinho lindo oh, eu tô gravando tá?
Me da uma força, me tira da rua Pepé Moreno
Canta pra mim vai eu tô ouvindo canta

Minha vida é desse jeito não escondo de ninguém
A tristeza no meu peito machuca e fere também
Meus olhos choram fumaça durmo no banco da praça
Enquanto o guarda não vem

O Pepe Moreno me ajuda
E rapaz num chora não moço
Oh a sua musica é muito bonita viu

Tenho fé na mãe de Deus
Toda noite eu peço a ela
Pra mudar o meu destino
Me dar outra vida bela

A de volta a sorrir
Me leve embora daqui
Em nome do filho dela

Tenha fé em DEUS que você vai encontrar
A sua mãe e seu pai tô rezando por você
Vou lhe ajudar

Você vai me ajudar?

Venha logo me buscar me faça esse favor
Sou um garoto de rua sei que não tenho valor
Se você me ajudar eu prometo estudar
E um dia ser doutor
Se você me ajudar eu prometo estudar
E um dia ser doutor

Vou te ajudar olha
Como é teu nome?
Alô, alô menino menino.
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Relações Pessoais

Para Trabalhar Relações inter- pessoal
Dinamica:cada um rece be uma frase * EU SOU UM AVIÂO SE ASAS... O OUTRO COMPLETA EU SOU A ASA DO SEU AVIÂO.
Em seguida cada aluno recebe a cópia da música e cantam.
1.Complete os espaços com as palavras que faltam.
Fico assim sem você
Avião sem ------------, fogueira sem ---------- Sou eu assim sem você Futebol sem ------------, Piu-Piu sem ------------ Sou eu assim sem você Por que é que tem que ser assim Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim Amor sem ------------------ Buchecha sem ----------------------- Sou eu assim sem você
Circo sem ------------, Namoro sem ---------------Sou eu assim sem você Tô louca pra te ver chegar Tô louca pra te ter nas mãos Deitar no teu abraço Retomar o pedaço Que falta no meu coração Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas Pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo. Por quê? Por quê? Neném sem ------------- Romeu sem ------------------ Sou eu assim sem você Carro sem --------------- Queijo sem -------------- Sou eu assim sem você Por que é que tem que ser assim Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo (2X)
BINGO DA AMIZADE

Construção de Uma Escola Inclusiva

Construção de Uma Escola Inclusiva
Autora: Graziela Alves
O mundo vive a era da globalização, ou pode-se até dizer da pós-globalização, a cada dia que se passa mais e mais teorias são criadas e velhas são derrubadas, descobertas, lançamentos, mudanças ocorrem no clima, na política, na sociedade, no convívio das pessoas e mais particularmente na forma como se vê o mundo e como ele nos vê.
Todas essas transformações supra citadas são importantes e necessárias, afinal tudo está em constante evolução. O problema que ocorre é que junto com todas essas transformações, globalização, correria, acabou-se por esquecer certos valores indispensáveis à vida dos cidadãos. Muita coisa evoluiu, mas às vezes o básico foi esquecido, direitos como: todos terem condições para ter uma vida digna, de qualidade em todos seus aspectos,... Tudo isso ficou para um segundo plano, as desigualdades e injustiças sociais cresceram assustadoramente.
O discurso político é muito bonito em época de eleições, dizendo que as crianças são o futuro do mundo, do Brasil, lindo, maravilhoso, se realmente políticas fossem desenvolvidas a promover isso de verdade. Elas são o futuro sim, mas também são o presente, para se construir um futuro feliz é preciso começar a caminhar desde o presente tendo apoio em todos os seus aspectos.
Outro “jargão” que se criou “é de que tudo começa na escola”, realmente isso não deixa de ser verdadeiro, mas a família é à base de tudo, em segundo lugar, a escola é exatamente o local mais apropriado para aquisição de conhecimento e construção de consciência crítica, de se desenvolver a percepção mnemônica, o raciocínio lógico, o desejo de mudança, enfim, a construção do sujeito cidadão. Bem, se os principais objetivos das escolas são esses, como se pode admitir a existência de escolas excludentes?
Mas afinal, o que se entende por uma escola inclusiva? Será aquela que tem uma sala de recursos (tipo DA -deficiente auditivo - ou DV – deficiente visual), ou ainda é aquela que tem alunos cadeirantes, com síndromes,... Estudando nas classes comuns, será que essas são escolas realmente inclusivas?
A princípio, em um primeiro olhar, poder-se-ia dizer que sim. São escolas inclusivas. Mas pergunta-se: será que realmente essas unidades escolares não segregam e excluem essas crianças com deficiências de alguma forma? Não basta aceitar as pessoas com necessidades especiais, a unidade escolar precisa de toda uma estrutura adaptada para atendê-las: precisa de professores capacitados, requer profissionais para apoio pedagógico, médico, psicólogo, estrutura física e pedagógica diferenciados, enfim uma gama de profissionais e atendimentos são necessários.
Como tão bem salienta Aranha, 2004:
“Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo, é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados”.
Construir uma escola inclusiva, não é assim tão fácil precisa dos principais ingredientes da receita: vontade de que as coisas realmente aconteçam, perseverança, fé, entusiasmo, superação, não pode haver nenhum tipo de discriminação ou preconceito, entre outros ingredientes, resumindo, precisa-se ter vontade, é querer, é acreditar que pode dar certo e o mais importante ter consciência de que muito já se está sendo feito mais ainda é pouco, existe grande distância entre o real e o ideal, é perceber que se irá errar muitas vezes e fracassar, mas é ter coragem para reconhecer que errou e seguir em frente. Pois como já dizia Paulo Freire “Todos nós sabemos alguma coisa, todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre”. Todos possuem limitações, ninguém é perfeito.
Segundo Mantoan apud Gil, 1997:
“A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral”.
A luta em se ter uma escola inclusiva de verdade é grande, de nada adianta colocar a criança especial dentro de uma classe comum, se a deixarem segregada, exclusa, vegetando em sala de aula. A pessoa com deficiência tem que sentir-se valorizada, importante, inteligente, capaz igual aos demais estudantes. Cada um possui limites, até os “ditos normais” também possuem, o que o professor não pode é enfatizar a limitação das pessoas e sim mostrar-lhes que são capazes de evoluir sempre, que cada conquista não é o ponto final, é apenas o estímulo para buscar cada vez mais.
O professor que enfatiza o fracasso da outra pessoa, que é indiferente, não pode ser chamado de educador. Não se deseja de forma alguma, dizer que ser professor é fácil ou de que ter crianças totalmente diversas e com necessidades especiais em sala é tranqüilo fácil de trabalhar, que todos sabem lidar perfeitamente, não é isso. Mas o que não se pode aceitar é o docente que se deixa abater diante das dificuldades, que não busca ajuda, esse sim é um fracassado, pois prefere o erro (e muitas vezes bitolar e acabar com a vida de uma criança) do que ter a humildade de pedir ajuda.
A vontade de vencer deve ser maior que o medo de fracassar. Ninguém vence sozinho. Ninguém nasce sabendo as coisas, tudo se aprende e não se deve nunca perder a esperança, confiança e tranqüilidade, bem como já dizia Che Guevara “Tenemos que ser fuertes, pero jamais perder la ternura”
Segundo Aranha, 2004:
“Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades”
Na verdade, a escola que inclui é aquela que além de oferecer o acesso das crianças portadoras de necessidades especiais e de outras pessoas que de alguma forma sofrem algum preconceito (índio, negro, o estrangeiro, etc.), é aquela que garante a permanência e o sucesso dos alunos. Isso é um desafio constante a todos.
A construção de uma escola inclusiva de sucesso, só pode ocorrer se anteriormente existir educação, sociedade, família, mentes inclusivas, caso contrário o que se aprende e constrói na escola pode ser perdido com facilidade nos demais ambientes de convívio social, porque “O que nos faz semelhantes ou mais humanos são as diferenças" (GOMES, Nilma Lino) http://www.ensinoafrobrasil.org.br/portal/
O sucesso de toda escola só acontece quando há a participação e a integração de todos os envolvidos no processo educacional: docentes, direção, orientação, pais, alunos, políticos empenhados, e toda a comunidade em geral. Para nortear esses trabalhos faz-se necessário ter objetivos bem claros, políticas públicas definidas e acessíveis, projeto político pedagógico que condiz com a realidade, fundamentação teórica relacionada com a prática (materialismo dialético), pois “Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de rejeição” www.portoalegre.rs.gov.br./smed)
O processo de avaliação deverá ser todo reformulado também, ao se lidar com crianças com deficiências, não se pode julgar todos iguais, cada qual tem seus talentos, suas habilidades e capacidades próprias; e trabalhá-las, desenvolvê-las é o mais importante do que um simples número que restringe, bitola e constrange uma pessoa.
A legislação é bem clara quando relata que se deve oferecer estudo gratuito a todas as crianças de 0 a 14 anos, mas o que ocorre muitas vezes é os pais (principalmente de pessoas com necessidades especiais) não saberem disso, de que tem o direito de colocar seus filhos na escola. Cabe não só aos pais a responsabilidade de procurar matrícula, mas também da escola e da comunidade, reconhecer e ir à busca dessas crianças e levá-las a escola.
Conforme Aranha (2004) pontua:
“Quando a família dispõe de meios efetivos de participação ativa e regular na vida da escola, gradativamente constrói a consciência de que a escola é um bem público que também é seu”
A avaliação (já citada), bem como, a proposta pedagógica deve ser estudada, reinventada, deve haver flexões curriculares para atender todo o público escolar.
Enfim, uma escola inclusiva ideal requer muitas coisas, segundo Aranha (2004) pensa:
“A escola que pretende ser inclusiva deve se planejar para gradativamente implementar as adequações necessárias, para garantir o acesso de alunos com necessidades educacionais especiais à aprendizagem e ao conhecimento."
Para a construção de uma escola inclusiva, primeiramente é importante que o município tenha elaborado e em funcionamento o Plano Municipal de Educação, pois sem planejamento é praticamente impossível estabelecer prioridades e necessidades reais do município e das escolas.
Para Aranha, 2004:
“O Plano Municipal de Educação, portanto, deve ser um instrumento construído coletivamente, a partir da ampla consulta à população em geral, e à comunidade acadêmica, em particular. Deve ser avaliado continuamente, reajustado e divulgado, à medida que avanços ocorram no alcance das"
O Plano Municipal de Educação deve ter por base o Plano Nacional e Estadual de Educação, só a partir dos conhecimentos destes, que o do município pode ser construído. Cada cidade tem até o ano de 2010 para ter seu Plano Municipal de Educação elaborado.
Com este Plano maior e melhores ações podem ser planejadas, prevenidas, desenvolvidas. O município terá todo um levantamento da real situação da educação na cidade. Segue a seguir algumas informações que o município poderá obter com o Plano: mapeamento das crianças de 0 a 14 anos freqüentando ou não a escola, informações sobre alunos com necessidades especiais nesta faixa etária, quais adequações físicas ainda são necessárias nas escolas, qual o apoio técnico e pedagógico que os professores recebem programa de formação continuada para professores, processo de avaliação, entre outros.
Percebe-se que não é tarefa fácil construir e colocar em prática uma escola inclusiva. Muitas unidades escolares apenas integram os alunos com deficiência, mas isso não é ser uma escola inclusiva. A inclusão requer muito mais. A verdadeira inclusão só ocorre quando se consegue remover todas as barreiras existentes: preconceitos, pré-conceitos, medo, comodismo,...
A escola inclusiva quer acabar com os rótulos de que a criança com deficiência necessita de uma escola paternalista, assistencial, que as trate como incapazes ou limitados.
Sobre isso, Monte e Santos (2004) dizem que:
“A inclusão está fundada na dimensão humana e sociocultural que procura enfatizar formas de interação positivas, possibilidades, apoio às dificuldades e acolhimento das necessidades dessas pessoas, tendo como ponto de partida a escuta dos alunos, pais e comunidade escolar”.
“A pedagogia adotada na escola inclusiva deve ser a pedagogia voltada à criança como um todo. “A escola deve buscar refletir sobre sua prática, questionar seu projeto pedagógico e verificar se ele está voltado para diversidade”
Percebe-se que aqui não se está falando em tratar as crianças como diferentes, melhores ou piores umas que as outras, mas sim da necessidade da escola conhecer a diversidade com que trabalha para que realmente possa desenvolver um bom trabalho, que atinja a todos, sem ser excludente. Também não se deseja a uniformização das crianças, ou seja, que sejam todas consideradas iguais, pois cada ser é uno, e merece ser tratado como ser especial, realmente único como é. Nesse processo objetiva-se apenas a inclusão de todos, e esta deve ocorrer não só na escola mas em toda a vida social da pessoa.
Assim, Gil (1997) comenta:
“É importante que o professor e toda a comunidade escolar (diretor, funcionários, alunos) se lembrem de que todo aluno pode, a seu modo e respeitando seu tempo, beneficiar-se de programas educacionais, desde que tenha oportunidades adequadas para desenvolver sua potencialidade”.
Graziela Alves - Licenciada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI e Pós-Graduada em Práticas Pedagógicas Inovadoras com Enfoques Multidisciplinares no Ensino Fundamental e Médio pela Faculdade de Educação de Joinville - FEJ e Secretária Administrativa da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de São João Batista.