quarta-feira, 2 de maio de 2012

Aula do dia 28 /04 2012



 Professor Marcos mangueira 


AS BARRAS DE NAPIER DO SÉCULO XVII: UMA CALCULADORA ATUAL PARA A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Maurício Ademir Saraiva de Matos Filho – UFRPE –  mmsaraiva@hotmail.com
Cristiane Azevêdo dos Santos Pessoa – UFPE – crispessoa@hotmail.com
Marly Maria dos Santos Lagêdo –FUNESO – marlylagedo@hotmail.com

INTRODUÇÂO


Contexto histórico

            A transição da economia feudal para uma economia monetária e de mercado, da sociedade rural para uma sociedade urbana e de classes, do Estado feudal fragmentado para os estados nacionais centralizados assinalou, na ordem econômica, social e política, a passagem da Idade Média aos Tempos Modernos.
            Um dos momentos de transformação ocorrido no período da Idade Moderna, juntamente com a reforma religiosa, foi o Renascimento. Ele pode ser entendido como um movimento cultural que caracterizou a transição da cultura medieval para a cultura moderna, rompendo o monopólio cultural até então exercido pela Igreja. Esse movimento iniciou-se no século XVI, na Europa, e teve como objetivo o resgate da cultura greco-romana e a necessidade de mudanças no modo de pensar e de viver, no desejo de explicações mais racionais, na valorização da obra humana, no individualismo e no homem se descobrindo como criatura e criador do mundo em que vive.
            O Renascimento Científico é marcado pela necessidade dos cientistas em observar os novos fenômenos naturais, em fazer experimentos propondo novas hipóteses, em medir, reavaliar e não aceitar conclusões prontas.
            As obras científicas, produzidas nesse período, não se caracterizaram apenas pelas mudanças qualitativas, mas também pelo aumento na quantidade de produção cultural.
            Uma das mais brilhantes teorias desse período é a Heliocêntrica, publicada na obra “Da revolução das esferas celestes” do polonês Nicolau Copérnico (1473 – 1543), que derrubou a teoria geocêntrica (a Terra como centro do universo) e que provocou a reação das pessoas, especialmente dos religiosos.
            O alemão Johann Kepler (1571 – 1630) e o italiano Galileu Galilei (1564 – 1642) passaram a defender a teoria de Copérnico. Galileu chegou a ser acusado de herege pela Inquisição Católica e, para livrar-se da pena de morte, foi obrigado a negar todas as suas convicções. André Vessálio pesquisou o corpo humano através da dissecação de cadáveres. Miguel Servet (1511 – 1553), médico espanhol, descobriu a pequena circulação do sangue ou circulação pulmonar pelas artérias. Por essa prática, foi criticado e perseguido pelas autoridades religiosas cristãs. Preso em Genebra, foi queimado vivo.
            Como é possível observar, neste período houve um grande desenvolvimento científico. A seguir, tem-se uma reflexão sobre este desenvolvimento, especificamente na Matemática.

O desenvolvimento da Matemática

Nessa época, a Matemática era a mais madura das ciências, pois a Física que se conhecia era a da Antigüidade, a Química era a alquimia e a Biologia era a taxonomia. Apesar disso, até então, o que se conhecia na Matemática eram as curvas transcendentes, a trigonometria elementar, a geometria plana e a aritmética. René Descartes (1596 – 1650) foi um marco histórico no desenvolvimento da Matemática, devido à sua tentativa de criar um método universal que procurasse a verdade nas ciências. O conhecimento se matematizou a partir da sua obra “Discurso do Método”. Ele revolucionou a Matemática através da geometria analítica, com a qual criou o método para equacionar problemas, usar letras e números para a sua sistematização e resolução.
            Nos séculos XVI e XVII a Matemática apresentou um rápido desenvolvimento em relação aos séculos anteriores, devido aos estudos de matemáticos italianos (entre eles  Galileu, 1564 – 1642) e outros estudiosos europeus que se preocuparam cada vez mais em unir o experimental ao matemático e trabalhar com símbolos manipuláveis.
            A palavra cálculo vem do latim calculus e há muitos anos o homem se preocupa com formas de facilitar a sua realização. Segundo Ifrah (2004) os dedos  das mãos é o mais antigo e difundido acessório utilizado na contagem e no cálculo pelos povos através dos tempos. O ábaco (datado de 3500 a.C.), utilizado até hoje no Oriente; os sistemas de numeração; as réguas de cálculo (baseadas em tabelas); as estruturas de Napier (tabelas móveis de manipulação), são outros exemplos de mecanismos utilizados para a realização desses cálculos.
            Segundo Eves (2004) a astronomia, a navegação, o comércio, a engenharia e a guerra, áreas onde os cálculos numéricos são de fundamental importância, fizeram com que aumentassem os esforços na busca de mecanismos que tornassem os cálculos cada vez mais rápidos e precisos. Na Matemática, quatro notáveis invenções vieram atender sucessivamente essas demandas crescentes: a notação indo-arábica, as frações decimais, os logaritmos e os modernos computadores.
O matemático escocês John Napier, (1550 – 1617) desenvolveu os logaritmos no início do século XVII. Este é um dos inventos que passaram a poupar os trabalhos com grandes cálculos. Em 1614 ele criou o sistema com base na progressão geométrica de potências relativas ao número 1. A cada potência Napier designou um número e chamou-o de logaritmo. O log de 1 era 0 e o log de 10 era 1. Ao se construir uma tábua de logaritmos, para multiplicá-los ou dividi-los bastava somar ou subtrair seus logaritmos, isto é, o log de a  vezes  b é igual ao logaritmo de a mais o logaritmo de b. Dessa forma, a multiplicação e a divisão de números enormes foram reduzidas às simples operações de adição e subtração. A régua de calcular foi um outro instrumento resultante da invenção dos logaritmos. Eles se tornaram uma ferramenta poderosa nas computações astronômicas e de navegação.
Além dos logaritmos, Napier usou pela primeira vez o ponto decimal; criou a regra das partes circulares para reproduzir fórmulas usadas na resolução de triângulos esféricos; analogias de Napier, úteis na resolução de triângulos esféricos obliquângulos. Além disso, inventou um instrumento conhecido como Barras de Napier, usado para efetuar mecanicamente  multiplicações, divisões e extrair raízes quadradas de números.

As Barras de Napier

De acordo com Eves (2004) eram tão extensas as dificuldades experimentadas na multiplicação de números grandes que foi necessário buscar métodos mecânicos para conseguir trabalhar com esse processo. Os instrumentos aritméticos figuram entre os primeiros dispositivos materiais destinados a suplantar o cálculo humano. Concebidos para aliviar os aritméticos na prática dos cálculos elementares, operavam diretamente nas representações algorítmicas e forneciam o resultado final de certo número de manipulações relativamente simples.
Um exemplo célebre é o dispositivo inventado pelo matemático escocês John Napier,  (1550 – 1617), publicado em seu trabalho Rabdologiae que conseguiu alcançar muita fama na época (EVES, 2004, p. 369). É o que se chama de Barras de Napier, as quais consistem em uma tabela de multiplicação, com diferentes colunas, contendo os múltiplos sucessivos de 1 a 9, escritos em réguas móveis de modo que possam ser justapostas na ordem dos algarismos do multiplicando. Os diversos produtos parciais que intervêm na multiplicação são lidos então, horizontalmente, em face dos algarismos do multiplicador. Econômico, confiável e preciso, esse sistema, concebido para facilitar a prática das multiplicações, conheceu um grande sucesso na Europa até o início do século XX, com o advento de instrumentos mais rápidos e de tecnologia mais avançada.
Em 1633, um sacerdote inglês chamado William Oughtred, teve a idéia de representar esses logaritmos de Napier em escalas de madeira, marfim ou outro material, chamando-o de “Círculos de Proporção”. Este dispositivo originou a conhecida “Régua de Cálculos”. Mas, evidentemente, esse auxiliar de cálculo não foi o único instrumento desse gênero: concebeu-se e constituiu-se, desde então, uma variedade muito considerável, indo da simples régua de cálculo a aparelhos muito mais elaborados, facilitando a multiplicação, divisão e mesmo a extração de raízes quadradas.
Tais aparelhos não foram, contudo, verdadeiras máquinas de calcular. Facilitavam, claro, a prática de operações, mas não a mecanizavam no sentido estrito da palavra. Fora o fato de não comportarem rodas dentadas, engrenagens de um verdadeiro mecanismo, necessitavam, além disso, de uma constante intervenção da parte do operador humano, bem como de sua atenção refletida entre a inscrição dos dados e a leitura dos resultados. Constituíram, assim, simples extensões materiais da prática do cálculo humano por meio de algarismos.
Reduzir ao mínimo a intervenção humana na prática das operações aritméticas e encontrar um meio rápido, simples, confiável, preciso e de movimentos puramente mecânicos, era o principal objetivo dos matemáticos. Eis portanto, em que consiste o verdadeiro problema da mecanização do cálculo aritmético, cuja pesquisa de soluções conduziu à invenção e ao impulso das calculadoras numéricas elementares. As quais podem ser consideradas as “mães” das calculadoras atuais. E que, de acordo com D’Ambrosio (2001), considerando o raciocínio quantitativo, seria inaceitável pensar hoje em aritmética e álgebra, sem a plena utilização das calculadoras. 
Diante destes dados, questiona-se: qual a importância destas Barras para a sala de aula atualmente? Como fazer uso didático deste material no trabalho com os alunos? Como transpor este saber para as situações de ensino e aprendizagem em sala de aula?

Transposição Didática

O saber, historicamente construído, sofre transformações ao longo do tempo. As barras de Napier, como foi discutido, surgem em um contexto histórico específico, atendendo às necessidades de uma época. Ou seja, o cientista, ao elaborar um conhecimento, o faz em um determinado contexto, para atender a determinadas necessidades. Quando este conhecimento se universaliza, ele passa por diferentes contextualizações, descontextualizações e re-contextualizações para ser compreendido.
Tratando especificamente da sala de aula, Guy Brousseau afirma  que o cientista dá a forma mais geral possível aos resultados que obteve, busca dar ao saber uma forma comunicável, descontextualizada, despersonalizada, fora de um conteúdo temporal. O professor deve procurar situações que dêem sentido ao que vai ser ensinado, contextualizando-o e depois precisa descontextualizá-lo para generalizar. O aluno precisa descobrir, junto com o professor, que o saber que produziu poderá ser utilizado em outras ocasiões. Assim, eles precisam re-despersonalizar e re-descontextualizar este saber para torná-lo universal e reutilizável. Ou seja, os matemáticos (ou cientistas) generalizam o saber, descontextualizando-o, o professor recontextualiza o saber, para dar-lhe sentido e ajudar na compreensão do aluno, e o aluno, ao aprender, não sabe que pode utilizar este saber em outras situações, por isso deve re-descontextualizar para dar-lhe um caráter universal, reutilizável.
Neste sentido, é importante destacar o que Yves Chevallard chama de transposição didática: ao entrar na relação didática, o saber científico sofre transformações e adaptações em relação à forma como foi originariamente proposto em seu contexto de formulação (o laboratório científico-acadêmico), para ser trabalhado e assimilado pelo aluno no âmbito escolar (Chevallard, 1985). Estas transformações são necessárias, uma vez que o saber é influenciado pelos propósitos institucionais, funcionando de formas diferentes nas instituições produtoras e comunicadoras. Esta transposição ocorre em diferentes níveis: ao se tomar decisões curriculares, na produção de livros-texto, nos cursos de capacitação e no decorrer das aulas.
Assim, é importante observar que, ao sofrer transformações, inovações e deformações na transposição didática, o saber vai se modificando e, muitas vezes, pode ocorrer de deixar o aluno nos níveis mais elementares do seu conhecimento, por não considerá-lo capaz de ir adiante na construção do seu saber.
            Portanto, de acordo com Chevallard (1991), um conteúdo de ensino, tendo sido designado como um saber a ensinar, sofre um conjunto de transformações adaptativas que vão torná-lo capaz de tomar lugar entre os objetos de ensino. Segundo este autor, a transposição didática é o trabalho que, de um objeto de saber a ensinar,  faz um objeto de ensino.
            Não se pretende aqui defender o uso das Barras de Napier como o recurso que libertará os alunos das dúvidas e incompreensões de resolução dos algoritmos, mas como mais um recurso na busca da construção do conhecimento.

Aplicação didática das Barras de Napier


Relacionando esta discussão da transposição didática às reflexões históricas das Barras de Napier, pode-se observar, como foi supracitado, que elas poderão ser utilizadas em sala de aula como mais um recurso didático, entre tantas outras estratégias que precisam ser utilizadas nas situações didáticas em busca da compreensão dos conceitos matemáticos.
Como foi visto anteriormente, essas barras, criadas para facilitar a prática dos cálculos elementares, conheceu seu sucesso desde a sua criação até o início do século XX, na Europa. No século XVII foram utilizadas como um auxiliar dos cálculos numéricos na astronomia, navegação, comércio, engenharia, não havendo registros sobre seu uso didático naquela época.
No contexto do Ensino da Matemática, as Barras de Napier podem ser utilizadas em turmas iniciais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, como mais um recurso utilizado na apropriação de conceitos matemáticos.
Com esse material o professor poderá trabalhar tópicos como: multiplicação (tabuada e algoritmo), adição e subtração de frações, propriedades da multiplicação, sistema decimal, padrões numéricos, conceito inicial das progressões aritméticas, história da Matemática e o uso da calculadora para a validação de estratégias. Além disso, o professor poderá explorar com seus alunos, nas atividades realizadas em sala de aula, outros conceitos. Um exemplo é o conjunto dos múltiplos de um número que poderá ser feito com qualquer quantidade de algarismos. Também verificar com os alunos a relação existente entre o método tradicional e o cálculo efetuado com as barras. O professor, ainda,  poderá promover competições, comparando a rapidez com que se executa o cálculo, através dos dois métodos (tradicional e com as barras) ou usando uma calculadora comum.
Abaixo, há alguns exemplos de atividades utilizando as Barras de Napier:
Atividade 1. Multiplicação de 1615 por 365.
Procedimento : Colocam-se esteiras encabeçadas por 1,6,1,5 lado a lado. Multiplicamos 1615 por 5, obtendo 8075; 1615 por 6, obtendo 9690 e 1615 por 3, obtendo 4845.
Estes números podem ser lidos facilmente, sendo necessário, no máximo, efetuar algumas adições simples de 2 dígitos na diagonal, obtendo o produto final por meio de uma adição, cujo resultado será 589475.

1
6
1
5
        1

         6

         1

3 (1615) = 4845

5 (1615) = 8075

6 (1615) = 9690
 
         5

         2
1
         2

         2
1
         0

         3
1
        8

        3
1
         5

         4
2
         4

         4
2
         0

         5
3
         0

         5
2
         5

         6
3
         6

         6
3
         0
Atividade 2. Calcular os dez primeiros múltiplos de 42.
Procedimento: coloca-se as tiras encabeçadas por 4 e 2. Em seguida multiplica-se o número 42 por cada linha correspondente das tiras que juntas aparecerão os respectivos múltiplos.

4
2


       4

       2

= 42

       8

      4

= 84
1
      2

       6

= 126
1
       6

       8

= 168
2
       0
1
     0

= 210
2
      4
1
       2

= 252
2
      8
1
       4

= 294
3
      2
1
     6

= 336
3
     6
1
       8

= 378
4
      0
2
       0

= 420

 





 


Atividade 3. Calcular os mínimo múltiplo comum entre 24, 40 e 60.

Procedimento: Coloca-se as tiras encabeçadas por 2 e 4 lado a lado e a de 6 e a de 4 deve-se ao resultado de cada operação acrescenta-se um zero.

2
4

6

4



      2


      4
=24


      6
=60


      4

=40



      4


      8

=48
1

      2

=120


      8

=80



      6
1

      2

=62
1

      8

=180
1

      2

=120



     8
1

      6

=96
2

      4

=240
1

      6

=160

1

      0
2

      0

=120
3

      0

=300
2

      0

=200

1
         
       2
2

      4

=144
3

     6

=360
2

      4

=240

 

Logo o MMC (24,40,60) = 120.


Atividade 4. Consiste na resolução de uma atividade recreativa utilizando as Barras.

            Uma criança juntou moedas de R$ 1,00 no seu cofrinho, mas só sabendo contar até 10, queria saber quantas moedas tinha. Contando de 2 em 2, sobrava uma; de 3 em 3, sobrava 1; de 4 em 4, sobrava 1; de 5 em 5, sobrava 1; de 6 em 6, sobrava 1; mas de 7 em 7, não sobrava nenhuma. Sabendo que o cofrinho só cabia, no máximo, 500 moedas, quantas moedas a criança tinha?
            Solução: o número procurado é um múltiplo de 7 e simultaneamente é consecutivo de um múltiplo comum a 2, 3, 4, 5 e 6. O que temos que calcular é um múltiplo comum a esses números e verificar se o seu consecutivo é múltiplo de 7, mais ainda, esse número deve ser menor do que 500. Temos:
            Para o cálculo do MMC (2, 3, 4, 5, 6) podemos construir as Barras de 2, 3, 4, 5 e 6, lembrando que a Barra de 2 deve ser construída até 49, a Barra de 3 deve ser construída até 33, a Barra de 4 deve ser construída até 24, a Barra de 5 até 19 e a Barra de 6 até 16 para que seja possível encontrar o MMC (2, 3, 4, 5, 6) igual a 60.
            O conjunto dos múltiplos de 60: 60, 120, 180, 240, 300, 360, 420, 480,... . Que pode ser construído utilizando a Barra de seis acrescentando-se um zero ao resultado de cada linha.
6

      6

= 60
1
       2

= 120
1
     8

=180
2
       4

= 240
3
       0

= 300
3
      6

= 360
4
       2

= 420
4
       8

= 480
5
      4

= 540
6
      0

= 600

            O conjunto de consecutivos dos múltiplos de 60: 61, 121, 181, 241, 301, 361, 421, 481, 541, 601, 661, 721, 781,... .
            O conjunto dos múltiplos de 7 dentre esses consecutivos é: 301, 721, 1141, 1561,... .
            Como o número deve ser menor que 500, o valor procurado é 301. Logo, a criança, tinha 301 moedas de R$ 1,00 no seu cofrinho.

Caixa de texto:  Atividade 5. Somar e subtrair frações heterogêneas recorrendo ao cálculo do mínimo múltiplo comum. Calcular  .

Procedimento: No processo de redução ao mesmo denominador das frações dadas, podemos coloca as tiras encabeçadas por 2 e 4 lado a lado, de 1 e 6 lado a lado e as de 1 e 2 lado a lado, dessa forma percebemos o novo denominador.
2
4

1
6

1
2


      2


      4
=24

      1


      6
=16


      1

      2

=12


      4


      8

=48


      2
1

      2

=32


      2


      4

=24


      6
1

      2

=62


      3
1

      8

=48


      3


      6

=36


     8
1

      6

=96


      4
2

      4

=64


      4


     8

=48
1

      0
2

      0

=120


      5
3

      0

=80


      5
1

      0

=60
1
         
       2
2

      4

=144


      6
3

     6

=96


      6
1
         
       2

=72

Portanto,

            As Barras podem ser um recurso interessante para encontrar termos de progressões aritméticas de razões grandes.
Atividade 6. Calcular o oitavo termo de uma progressão aritmética que tem o primeiro termo igual a 5 e a razão igual a 89.
Procedimento: Para determinar o oitavo termo da progressão aritmética de razão igual a 89, podemos coloca as tiras encabeçadas por 8 e 9 lado a lado, dessa forma teremos os múltiplo de 89.

8
9

      8

       9

= 89
1
       6
1
       8

= 178
2
       4
2
       7

= 267
3
       2
3
       6

= 356
4
       0
4
       5

= 445
4
      8
5
       4

= 534
5
       6
6
       3

= 623
6
       4
7
       2

= 712
7
       2
8
      1

= 801
8
       0
9
       0

= 890


            Portanto, o oitavo termo da progressão será a sétima linha da Barra acima somado ao primeiro termo da progressão (623 + 5 = 628).

OBJETIVOS

Analisar o contexto histórico do surgimento e desenvolvimento das Barras de Napier e refletir sobre as possibilidades de seu uso atualmente.

METODOLOGIA
Para buscar alcançar os objetivos, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o contexto histórico, social, econômico, cultural e científico em que surgiram as Barras de Napier, além de uma pesquisa sobre as possibilidades de aplicação didática deste recurso em sala de aula.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebe-se que as Barras de Napier apresentam um potencial para serem utilizadas como mais um dos tantos recursos possíveis que podem auxiliar o trabalho de construção do conhecimento matemático.
Vale ressaltar que esse recurso possui limitações, seja na sua construção ou na sua utilização; por exemplo, quando for necessária uma construção da Barra com múltiplos que são maiores do que uma dezena, será necessária a complementação da atividade com outros procedimentos.
Diante das possibilidades de utilização das Barras, é importante ressaltar a necessidade de desenvolver outras pesquisas que possam verificar como este recurso pode contribuir para a construção de outros conceitos matemáticos, e quais seriam os resultados obtidos a partir de sua utilização em sala de aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


CHEVALLARD, Y. La transposition Didactique. Du savoir savant au savoir enseigné.  Grenoble: La Pensée Sauvage, 1985.

CHEVALLARD, Y. La transposition Didactique. Paris : La Pensée Sauvage, 1991.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática - Elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

EVES, H. Introdução à História da Matemática. Trad. Hygino H. Domingues.  Campinas: Unicamp, 2004.

IFRAH, G. Os números: história de uma grande invenção. Trad. Stella Maria de Freitas Senra. 10. ed. São Paulo: Globo, 2004.
 GINCANA 


(56).      56 é o meu numero. Quanto vale o triplo dele?



(168).  Se de 168 subtrairmos uma dúzia, quanto encontraremos?


(156).  156 é  o volume de um paralelepípedo retângulo  de arestas 3, 4 e x. qual o valor da aresta desconhecida deste paralelepípedo?


(13).    13 é o número de alunos existentes em uma sala de aula. De quantos modos distintos, podemos escolher 3 deles para formar uma comissão?


(286).  286 é o numero que representa a área de um retângulo de lados x e 26. Qual o valor da medida desconhecida deste retângulo?


(11).    11 é um numero primo. Quantos são os números primos naturais menores que 11?


(4).      4 é a medida da aresta de um cubo. Qual o volume deste cubo?


(64).    64 é o 3º e ultimo termo  de uma PA finita crescente de razão R = 12 e a1 = 40. Qual é o termo central desta seqüência?


(52).    52 é o 1º termo de uma PA decrescente de razão R = 23. Qual é o 3º termo desta PA?


(6).      De quantos modos distintos uma sala que tem 6 portas Pode ficar aberta?


(63).    63 é o triplo de quanto?


(21).    21 é o valor que representa em anos a idade de Pedro. Se somarmos a idade de Pedro com a idade de Ana, encontraríamos 37 anos. Assim, podemos afirmar que a idade de Ana é:


(16).    16 é mau número. Se ao meu numero somarmos o seu antecessor, e em seguida subtrairmos 4 unidades, qual seria o valor encontrado?


(27).    27 é o volume de um cubo que possui aresta que mede quanto?


(3).      Com 3 rapazes e 5 moças, quantas são as possibilidades de escolher 4 pessoas de modo que 2 delas sejam rapazes?


(30).    30 representa em Cm o perímetro de um triangulo eqüilátero de lado l. qual a medida do lado deste triângulo?


(10 cm).         10 cm é a medida da hipotenusa de um triângulo retângulo que catetos 6 cm e Y. qual a medida do cateto Y?


(8 cm).                       8 é a ordenada do ponto em que a reta r : y= -x + 8 intersecta o eixo Y. Qual  é o valor do coeficiente angular desta reta?



(-1)      -1 é o meu número. Qual o valor absoluto dele? (Modulo de -1)



(1).      É o valor da tangente do ângulo α pertencente ao 3º quadrante. Em graus, que ângulo é este?



(225°).                        Transformando a unidade de meu ângulo para radiano, encontramos que ângulo?



(5π Rad).                  Qual p valor do seno de meu ângulo?
   4



(-√2 ).             -√2  é o valor do cosseno de que ângulo em graus que pertence ao 2°
    2                  2
quadrante?



(135°).                        Qual o valor do seno de meu ângulo?



(√2 ).               Qual é o ângulo ∑  em radiano do 1° quadrante que tem Sen∑ = Cos∑ ?
   2



(π).                 É o 2º termos de uma PG de razão q = 2. Qual é o 5º termo desta seqüência?
 4



(2 π).              Qual o valor do Seno de meu ângulo?



(0).                  Zero é a quantidade de elementos existentes num conjunto vazio. Quantos são os subconjuntos do conjunto A={a,b,c,d,e}?


(32).                32 é o traço de uma matriz quadrada de ordem 2. Se a11 = 25, qual o valor de a22?



(7).                  7 é o numero de letras da palavra ANILINA.  Quantos são os anagramas que podem ser formados com as letras da palavra ANILINA?
(630).             630 é meu numero. Qual é o valor da metade dele?



(315).             315 é o valor em reais que Ana possuía. Se Ana foi à feira e comprou duas blusas  a R$ 35,00 cada e mais uma calça por R$ 45,00, e ainda do dinheiro que sobrou, deu metade para sua irmã Bia. Desta forma, com quanto Ana ainda ficou?



(100).             Qual o valor do logaritmo de 100 na base 10?



(2).                  2 é  a ordenada do ponto P(x,2) que dista 13 unidades do ponto Q(0,14). Qual o valor da abscissa x?



(5).                  De quantos modos distintos é possível organizar 5 pessoas em fila indiana?



(120).             120 É o numero de pessoas existentes em uma festa. Sabe se que destas pessoas 72 são mulheres. Portanto, escolhendo se ao acaso uma das pessoas presentes na festa, qual a probabilidade (em porcentagem) de que a escolhida seja um homem?



(40%)             40% dos alunos de uma escola jogam vôlei. Sabe se também que 80% dos alunos desta escola jogam futsal.  Se todos os alunos praticam pelo menos um dos esportes citados, qual o percentual dos alunos que praticam os dois esportes.



(20%)             20% do valor que tinha na carteira gastei para pagar um suco que custava R$ 3,00. Qual o valor que ainda me resta na carteira?



(12).                12 é uma das raízes da equação X² - 10X – 24 = 0. Qual é a outra raiz desta equação?


(-2).                 -2 é meu numero. Se multiplicarmos meu numero por 23 encontraremos qual resultado?


(-56).              -56 é meu numero. Qual o valor absoluto de meu numero?(modulo de -56).